A MÁFIA ÁRABE E O ZOHAR

Shimon Sarfatti é professor no Kabbalah Centre há mais de vinte anos. O que se segue é uma republicação de um artigo que postei há alguns anos atrás sobre uma história incrível que se desenrolou ao longo de muitos anos com Shimon.

“Estava eu em Paris alguns anos atrás. Naqueles dias, os professores costumavam ir de porta em porta em todos os edifícios falando sobre Kabbalah e tentando vender Zohars. Um dia alguém me diz que há um Shopping nos arredores de Paris. As pessoas iriam querer comprar Zohar lá. Eles me deram referências, mas me perdi na estrada. Decidi não perder muito tempo por isso, portanto peguei uma saída aleatória. Quando saí da estrada, simplesmente estacionei meu carro e entrei no primeiro edifício com o qual me deparei.

ShimonS_pComecei a bater às portas. Então um cara abre uma porta. Eu não sei porquê, mas eu disse a ele: “Seu pai me enviou para te ver.” Bem, o cara quase desmaiou. Ele gritou para mim, “Quem te mandou?” Eu percebi que ele estava um pouco nervoso, então eu disse a ele o que aconteceu, como havia me perdido. Só que ele não acreditou em mim. Ele mais uma vez exigiu saber quem tinha me enviado. Expliquei-lhe novamente e, finalmente, depois de me questionar um pouco mais, ele percebeu que ninguém tinha me enviado.

Então ele disse-me que na noite anterior teve um sonho sobre seu pai, que tinha falecido anos atrás. Hoje acontecera de ser aniversário da morte de seu pai. Então ele me perguntou: “O que posso fazer por meu pai, para ajudar a sua alma?” Eu disse a ele que a nossa filial do Kabbalah Centre em Paris precisava de uma Torá. Disse-lhe que a doação de uma Torá completa era de $36,000 Euros. Ofereci-lhe a oportunidade de fazer uma dedicatória. Ele ficou satisfeito de fazê-lo.

Ele então me escreveu dois cheques de $18,000 cada. Chorou e me agradeceu. Disse-me que eu era seu mensageiro e ficou muito agradecido.

Três dias depois ele me ligou. Ele disse: “Shimon quero me encontrar com você. Quero dar-lhe o dinheiro ao invés dos cheques.” Então, encontrei-o em seu showroom em Paris. Cheguei até ele e na frente do meu rosto, ele rasgou os cheques. Então, disse: “Caia fora daqui.” Perguntei o que tinha acontecido. Ele disse: “Eu falei com alguns rabinos. Disseram que você e sua organização são ladrões.” E então ele me disse para sumir. Antes de sair, eu disse na cara dele, “Não tem problema, mas você deu esse dinheiro e ele não pertence a você ou a mim, ele pertence ao Rabi Shimon Bar Yochai e à Torá que você dedicou.” E então eu saí.

Treze anos mais tarde, eu estava agora ensinando no Kabbalah Centre de Miami. Todas as manhãs eu ia dar palestras para os professores mais jovens sobre a importância da consciência e algumas lições avançadas de Kabbalah. Em uma certa manhã, eu estava compartilhando esta história que acontecera 13 anos atrás, em Paris. Eu estava explicando como, muitas vezes, no tornamos cegos para a verdade quando ouvimos coisas negativas; como todos nós esquecemos dos milagres quando algo desafia a nossa certeza.

Assim que eu terminei esta história, recebo um telefonema de um professor em Paris, Eliyahu Bouhanna. Ele me perguntou se eu conhecia um homem chamado Moshe. Ele disse que esse cara Moshe me conheceu há treze anos e prometeu doar dinheiro para um rolo da Torá. Eu sabia imediatamente que era o cara. De qualquer forma, Moshe contou para Eliyahu que agora estava falido. Ele havia perdido todos os edifícios que possuía e seus negócios também. E agora ele era quase um sem teto. E ainda, teve dois ataques cardíacos. Moshe tinha dito que se deu conta de que precisava para devolver o dinheiro um dia.

Eliyahu_pLiguei para o Rav (kabalista Rav Berg) em Nova York e contei ao Rav toda a história. O Rav disse que este pobre Moshe havia desperdiçado 13 anos de sua vida, mas pelo menos era bom que ele finalmente havia percebido o que precisa ser feito para a sua correção. De qualquer forma, ao longo dos próximos anos, Moshe voltou a se reerguer. Deixe-me dizer, ele nem sempre esteve fazendo o trabalho mais honesto. Mas ele começou a vir ao Centro e aprender Kabbalah e, com esperança, pode mudar sua vida.

De qualquer maneira, um dos alunos mais próximos do Centro em Paris era Terry Aboujedid. Terry e Moshe se tornaram amigos. Terry tinha dado a Moshe um Zohar de bolso e lhe disse para mantê-lo sempre com ele, 24 horas por dia. Logo, Moshe obteve algum dinheiro. Terry lhe disse para pagar novamente pelo rolo da Torá.

Moshe disse que não podia. Ele disse a Terry que havia pegado emprestado um monte de dinheiro de algumas pessoas da máfia árabe em Paris. Agiotas. Ele devia uma enorme quantidade de juros sobre o empréstimo e os árabes estavam pedindo o dinheiro de volta. Moshe explicou que ele sabia que tinha que pagar o Centro, mas os árabes já tinham ameaçado sua família. E eles queriam encontrar Moshe naquela noite cerca de 23h no Bois de Boulogne, um parque nos arredores de Paris. Moshe disse que ele estava com medo de não ir, pois eles podiam machucar a sua família.

BOIS-BOULOGNE_p

Terry disse a Moshe que ele poderia ou dar o dinheiro para a Luz ou dar o dinheiro para o escuridão e que Moshe não devia ir encontrá-los no parque. Moshe disse: “Eu entendo o que você diz, mas os árabes ameaçaram a minha família. Eu não vou pagar-lhes o dinheiro, mas vou vê-los hoje à noite. “Terry ofereceu-se para ir com ele, mas Moshe disse que não. Terry disse: “Certifique-se de levar o seu Zohar e escaneie os 72 Nomes de Deus.” Moshe prometeu fazê-lo.

TERRY ABOUJEDID DE PARIS CONTINUA A HISTÓRIA:

“Eu disse a Moshe para me ligar assim que terminasse com os árabes. Eu não soube dele a noite toda. Na parte da manhã eu recebi um telefonema. Era ele. Ele me disse que quando chegou ao Bois de Boulogne, havia 5 árabes no parque esperando por ele. Moshe disse que o chefe do grupo foi até ele e disse: “Onde está o meu dinheiro?”

Moshe disse: “Eu não posso lhe dar. Eu não o tenho agora. Eu prometo pagá-lo quando tiver.” Moshe estava preparado para morrer ali mesmo, para não sacrificar sua família. O chefe, então, deu um pequeno tapa no rosto de Moshe.

“Eu tinha certeza de que este seria o fim da minha vida”, disse-me Moshe. O chefe, então, disse-lhe ele queria uma coisa dele e só uma coisa. “O quê?” Moshe perguntou-lhe. O cara diz: “Apenas me dê todo o meu dinheiro de volta, só o principal, sem os juros.” Moshe estava atordoado. Ele perguntou-lhe: “Por quê?” O chefe árabe disse: “Eu só quero terminar este negócio com você para que você vá embora da minha vida.” Para Moshe, isso já era um milagre, pois o pagamento dos juros era enorme. Novamente, Moshe perguntou: “Por que você está fazendo isso?”

O chefe árabe pôs a mão dentro de uma caixa. “Eu tinha certeza que era uma arma”, disse-me Moshe. Então, o chefe árabe disse: “Você é sortudo, Moshe. Eu encontrei um amigo de quando eu era criança na escola. Cerca de uma semana atrás.” De repente, o árabe puxa o Zohar da caixa! Ele disse a Moshe que ele não iria machucá-lo e só queria receber o seu dinheiro de volta.

Moshe ficou surpreso e disse-lhe: “Como é que você conhece este livro – eu tenho um igual!” Moshe tirou o seu Zohar do bolso, e disse: “Quem é seu amigo?” O chefe árabe surtou. E disse: “Meu amigo é Terry Aboujedid”.

Era eu!

Eu conhecia esse cara Árabe de quando eu estava na escola.

Eu tinha encontrado com ele uma semana antes e dei-lhe um Zohar e disse-lhe tudo sobre a Luz, energia e poder. Agora Moshe e o Árabe se abraçaram como velhos amigos. Um Judeu e um Árabe se abraçando no parque. Ambos impressionados. O Árabe disse a Moshe para lhe pagar de volta o empréstimo quando conseguisse o dinheiro. Sem pressão. Foi um milagre inacreditável. Inacreditável. E Moshe finalmente pagou de volta todo o dinheiro para o Kabbalah Centre pela Torá de 13 anos atrás.

VEJA MÁFIA PARTE 2 PARA AINDA MAIS MILAGRES BIZARROS QUE ACONTECERAM A TERRY ABOUJEDID DEPOIS DESSA HISTÓRIA

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Billy Phillips

Billy Phillips é aluno do Rav e da Karen Berg desde 1989. As opiniões expressadas aqui têm como base seu próprio aprendizado e 22 anos estudando a sabedoria da Kabbalah. Apesar de ser aluno do Kabbalah Centre, as visões e artigos que apresenta aqui se relacionam com sua experiência e refletem sua visão pessoal e não são uma representação oficial do Kabbalah Centre e de seus ensinamentos.

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